Vivemos um momento único, delicado, singular, jamais vivido na história da humanidade… No entanto, atravessamos uma tempestade política em todo planeta.
No Norte da América, o povo estadunidense vivencia um atentado à democracia, originado por um (ex) presidente que insiste em negar a sua realidade, no caso, a derrota.
Um pouco mais a Sul, nos deparamos com outra ideologiapolítica fascista, ditada por um ser perverso, que a cada dia destrói o próprio Estado Brasileiro e vai denegrindo a Nação.
Pela Europa o cenário não é diferente, quando assistimos pelos vários ecrãs digitais inúmeros atentados aos direitos humanos, uma ameaça à vida e à liberdade. Já dizia uma das maiores filósofas políticas, Hannah Arendt “A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos”.
Ao redor do mundo, em vários pontos a democracia está neste momento em sério risco, ainda assim insistimos em ficar na negação. Preferimos não aceitar, menosprezar ou simplesmente ignorar o facto de que, cada um de nós tem e deve ter consciência cívica do seu papel, nos direitos e deveres. Numa democracia, o candidatx ou cadidatxs são escolhidxs e eleitxs através do voto. Certo? É nessemomento que posso escolher o candidato ou candidata que apresenta o programa eleitoral mais adequado. Quando decido não votar, ou votar em branco, em nada contribuo para a evolução e progressão social.
Levanto uma questão… Seriam quatro anos, tempo suficiente para conseguir aplicar todas as medidas pretendidas no programa eleitoral? Creio que é um tempo muito curto, face às adversidades e lacunas que os antecessores/as vão deixando durante suas atividades políticas.
A eleição e todo movimento político partidário gera sempre polémica, controvérsia, um desconforto e descrença, lamentavelmente. Tanto se lutou para podermos hoje ter a possibilidade em participar ativamente na democracia e fazer a diferença.
Outrora a ditadura se fez presente, e para muitos/as de nós isso é desconhecido ou é algo irreal, mas isso não retira o que já aconteceu. Neste preciso momento não estamos livres de que esse tipo de regime e sistema possa voltar, ressalto que há quem esteja a trabalhar arduamente para que isso seja aplicado na totalidade.
Aliás, voltando um pouco atrás em nossa história mundial, foi aquando da Pandemia da Gripe Espanhola, datada no ano de 1918, que Benito Mussolini e Adolf Hitler deram os seus primeiros passos, rumo à implementação de duas das maiores ditaduras vividas no mundo.
A história está disponível para todxs, basta apenas lermos e consultarmos os devidos registos e, saliento que, os tempos atuais trazem lembranças semelhantes às quais referi acima.
Está em nosso poder e decisão permitir (ou não) que voltemos a viver algo que, já sabemos o desfecho (alguns insistem em negar os factos). Ainda assim, poderemos insistir que a Terra é plana, que o Holocausto jamais aconteceu, que a Pandemia é uma invenção mediática, vivendo um negacionismo. Que decisão irei tomar? Ora bem, concluindo esta linha de raciocínio, decido em fazer uso consciente, daquilo que me é garantido como direito, isto é, votar. Escolher e decidir quem irá presidir o nosso país, liderar uma nação e um povo, a importância e o peso que isso tem. Ter a consciência própria disso, lembrando que muitos perderam suas vidas em nome da liberdade, da democracia.
Todxs nós temos uma postura política em nosso quotidiano, todxs temos uma ideologia, uma visão, apenas não temos essa consciência e/ou nos importamos com tal facto. Quando me posiciono que, não valorizo direitos iguais para todxs, automaticamente estou a anunciar a minha visão e, sim, é um ato político. Paremos com a tolice de que, política não importa quando tudo que fazemos em nossa vida é puro e simplesmente um manifesto político. A questão partidária é apenas um reflexo e um conjunto de ideais que representam a minha vertente, seja ela em que posição estiver.
Em tempos de eleições… Eu decido ser consciente, saber e reconhecer, valorizando a importância do voto para o meu planeta.