Sentimento, o que é?

O sentimento provém da arte de sentir…

Sim, é poder experimentar e vivenciar o que nos é primordial

É ter a habilidade para gostar, adorar e amar… Conseguir desejar, cuidar, dar e oferecer

Aquilo que nos preenche inteiramente… Só e apenas ele… O sentimento é capaz

É podermos viajar, passear e navegar através de belas e magníficas pinturas, textos mágicos e deslumbrantes… Paisagens e cenários da perfeita Natureza…

Sim, apenas para quem tem o privilégio em sentir sabe do que aqui falo

Ao contrário, lamentavelmente quem não sente jamais saberá o quão maravilhoso é

Acordar e respirar amor, paixão, ternura… Sentir o toque, o abraço e o olhar

Compreender o significado da doçura e subtileza… Ficar emocionado/a com o carinho, o respeito e a proximidade da amizade intensa e sincera

Assim como saber o quanto é difícil saborear o azedo e o amargo

Sim, a bipolaridade e o antagónico também fazem parte do conjunto

Pois não vivemos apenas o que de mais belo e prazeroso nos acontece

E o outro extremo existe e está bem presente na vida mundana

Terrivelmente ele não nos deixa escapar e sair livres da sua intensidade

Então, é aí que realmente passamos a conhecê-lo… Saber o quanto custa tal presença em nós

Na verdade, quem sente sabe o que é bom, tudo de bom, o maravilhoso

Assim como o que de mais trágico, horrível e cruel existe

É viver intensamente, todo e qualquer evento

Pois sentir é algo tão espontâneo, involuntário e natural e que está implícito na essência

Nos chega e surge de todas as formas diversas

Quer estejamos preparados/as para recebê-lo ou não…

É algo gigantesco, praticamente impossível em contextualizar ou colocar por palavras

Por inúmeras e várias situações é impossível quantificar ou traduzir

É uma linguagem e viver compreensível e acolhido, apenas por quem o vive e sente

Existiria algo tão poderoso quanto?

Creio que não, pois é ele que nos leva e conduz a viver

É ele que nos pulsa, que nos condiciona e que nos transporta a outras dimensões

Extremamente profundo e inconstante…

Sem poder sentir não faz qualquer sentido continuarmos vivos

Ao contrário, seríamos apenas meros corpos em movimento

Sem brilho, sem luz, sem pulsar e sem qualquer vitalidade

Sem qualquer sentido, rumo ou orientação o significado iria perder-se

Sim, sem sentimento tudo perderia a cor, a magia e a devida beleza

Sem o encanto e sem sentir… O que seria de nós?

Continuaríamos a viver?

Conseguirias ler agora este texto?

Certamente que não…

Quando o tempo se esgota

No passado Domingo, estava eu a assistir a um programa de televisão de talento infantil quando uma criança com apenas 15 anos entra em palco. Passa o típico vídeo de promoção e eis que ela diz algo como “porque já estou no limite da idade e o tempo está a esgotar-se…”. Como assim?

Começou logo um turbilhão de ideias na minhas cabeça. Como assim uma criança de 15 anos acha que o tempo está a esgotar-se para si, quando há uma esperança média de vida no nosso país superior a 80 anos? Pelas minhas contas, ela viveu menos de 20% da sua vida. Onde é que o tempo se está a esgotar? Porquê?

Vivemos dias de muita azáfama. Queremos ser e ter e fazer tudo a toda a hora. Não é que essa ideia passa para as nossas crianças? É verdade, elas aprendem connosco, por modelagem, que o mundo está a uma velocidade estonteante e que, se não formos a perfeição aos 20 anos, nunca conseguiremos ter casa, nem família, nem carro, nem emprego, nem seja lá o que for.

Mais do que isso, esquecemos de lhes ensinar sobre emoções, sobre lutar pelos seus sonhos, sobre direitos humanos e sobre a importância de cuidar do próximo sem esperar nada em troca. Esquecemos que lhes mostrar como o mundo é belo e que precisamos de cuidar dele como cuidamos – ou devíamos cuidar – do nosso corpo, da nossa casa. Esquecemos de lhes mostrar que há causas superiores, que há pessoas em dificuldades e que o nosso impacto no mundo deve pautar-se pelo respeito ao próximo.

Há uma vida inteira para isso. As crianças têm o direito a viver a sua infância, ao seu tempo de lazer e descanso, a desenvolver-se tranquilamente e de forma protegida e a serem amadas e respeitadas. Não devem ser pressionadas a nada, não devem sentir que o sustento da casa depende delas, não devem sentir-se desamparadas, que o seu percurso de vida depende apenas de si e que tudo aquilo que fará de mal – e erros todos/as cometemos, sempre – será irreparável.

Já que somos exímios em criar legislações e códigos de conduta, que tal começarmos a colocá-los em prática? Que tal protegermos estas crianças e permitir que elas explorem o mundo sem que sintam esta pressão de uma sociedade perfeita? Que tal nos preocuparmos mais em formá-las em valores do que pagar valores para que elas façam e tenham coisas? Colocar estas ideias em prática depende de cada um/a de nós!

A Poluição

Quando falamos ou pensamos em poluição, quase que automaticamente, nos surge a poluição atmosférica ou hídrica.

A verdade é que existem alguns tipos principais desta problemática, que está cada vez mais presente no nosso planeta.

A poluição pode ser definida como a consequência e resultado das intervenções antrópicas ou naturais, que por sua vez degradam todo o meio ambiente. Habitualmente a poluição está relacionada e diretamente ligada às ações antropogénicas, como exemplo descarga de produtos agrotóxicos no solo, no ar e/ou na água. Os fenómenos naturais podem originar poluição, como o lançamento de substâncias tóxicas no ar (dióxido de enxofre), perante uma erupção vulcânica.

Este assunto causa muito desconforto e polémica, e na verdade é algo muito complexo e que deveria ser tratado por todxs nós com o devido respeito e a seriedade própria necessária.

Vejamos, a degradação do ambiente poderá destruir o habitat de vários seres vivos, afetam toda a economia e, prejudicam nossa vida e bem-estar. A poluição do ar está diretamente relacionada a vários problemas de saúde humanos, como as patologias respiratórias, alergias, entre outras.

A poluição atmosférica é o resultado do lançamento e emissão de uma enorme quantidade de gases ou de partículas líquidas ou sólidas, na atmosfera.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que “a maior parte das populações urbanas do mundo sofre uma exposição média de poluentes no ar bastante superior ao que é considerado aceitável.” Acrescenta que, “a poluição do ar é responsável por mais de sete milhões de mortes por ano no mundo – matando mais que a AIDS e a Malária. Estudos revelam que esse tipo de poluição pode afetar todos os órgãos do corpo humano.”

Algumas das causas deste tipo de poluição estão o desmatamento, queimadas, excesso de libertação de ácido nítrico, dióxido de carbono e monóxido de carbono, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio… Em decorrência da atividade das indústrias, veículos e incineração de lixo.

Este tipo de problemática traz como consequência o efeito estufa, e as chuvas ácidas.

Seguidamente a poluição visual, esta que pode ser descrita como o excesso de estímulos visuais criados pelos seres humanos e que estão presentes em várias cidades e que somam um grande desconforto visual e espacial. Muitas vezes nem nos damos conta dos ecrãs e toda luminosidade presente em tudo que existe constantemente no nosso quotidiano. As publicidades, os anúncios, placas, posters, luzes, fios elétricos, entre outros.

A poluição luminosa é outro grande problema atual, causado pelo excesso de luz artificial emitido pelos centros urbanos. Principalmente decorrente da iluminação pública, afeta nossa saúde e os ecossistemas.

Os ruídos, barulhos, sons emitidos têm sido outro grande objeto de estudo e considerado um tipo de problema – a poluição sonora. Causado por um excesso de estímulos sonoros, como os ruídos emitidos pelos aparelhos móveis, tablets e computadores, televisões, e, também o ruído emitido pelos fogos de artifício. Atualmente é uma questão de saúde pública, que muito tem danificado a audição humana, dos seres vivos que nos rodeiam e traz grandes prejuízos a todo planeta.

Uma Sociedade de Vergonhas

Ser pai/mãe, hoje em dia e na nossa sociedade, é considerado uma bênção. A vinda de uma criança (ou várias) irá alegrar uma casa, uma família. Quem sabe até unirá elementos familiares que já não se falavam, retomará as festas de família e fará com que todos atinjam a felicidade eterna!

Após esta fase inicial de floreados, a criança efetivamente nasce – porque tem de ser, não há forma de fugir disso – e eis que começam um conjunto de opiniões a chegar aos/às pais/mães, opiniões essas que parecem do tempo da pré-história.

Começamos pelos típicos conselhos sobre como vestir e tratar da criança. Se é rapaz só deve vestir azul e verde, rosa nem pensar. Se é rapariga não deve tomar banho com o pai, essas modernices do contacto pele com pele não devem ultrapassar a barreira do respeito. Se a criança tem ramelas, a mãe não está a fazer bem o seu trabalho, independentemente se foi o pai que lhe deu banho. Se o pai está cansado, é porque teve de ir trabalhar depois de uma noite de choro, mas a mãe deve estar impecável, porque passa o dia em casa e pode “descansar”.

Por mais que os/as pais/mães digam que não ligarão a tudo isto, a verdade é que estas situações vão tendo impacto não só a nível interno e intrafamiliar, mas também na forma como se começam a posicionar na sociedade.

Eis que este pai chega ao trabalho e tenta esconder as olheiras, porque não é normal que tenha sido ele a ficar acordado durante a noite só para que a mãe pudesse descansar. Se algum/a colega lhe pergunta como estão a correr as coisas, deverá responder de forma superficial, sem falar nas fraldas e bolsados que anda a limpar.

Pelo contrário, a mãe é considerada um ser de outro mundo – negligente até – se sonha sequer sobre o seu trabalho e como isso a fazia feliz. É impensável se decidir não tirar a licença de maternidade. As conversas com as mulheres que a rodeiam devem ser sobre “o produto x é melhor para lavar a roupa”, “prefiro as fraldas y” e “os produtos de banho z não lhe fazem alergia”.

Como é possível que, em pleno século XXI, quando se considera a igualdade de género um tema “batido”, que um pai tenha vergonha de admitir que cuida do/a filho/a melhor até do que a mãe? E que uma mãe tenha vergonha de dizer que não vê a hora de voltar ao trabalho? É preciso desconstruir todas estas ideias, urgentemente!

Os Animais…

Vulgarmente chamados de animais, seres irracionais, insensíveis e tantos outros termos pejorativos, carregados de desrespeito e ignorância.
São seres que sofrem tremendamente há vários e largos anos… Tudo graças a um único grupo de seres vivos, que muito enchem o peito para se auto intitularem de racionais e superiores. Sim, exatamente, (nós) os seres humanos…
A natureza mãe em seu ecossistema perfeito nos presenteia, de forma a vivermos numa sintonia e partilha constante e diversa.
Intervenções e destruições antropogénicas trouxeram consequências devastadoras no decorrer da nossa cronologia existencial. O egocentrismo humano e sua arrogância, recheadas de narcisismo e egoísmo abundaram tanto que, mataram e destruíram inúmeros habitats e grupos planetários.
Vejamos esta problemática sob prismas e ângulos diferentes, começando pelos animais domesticados, que se encontram em casas e acompanhados de humanos. É o caso do cão e do gato (independente do género), os mais tradicionais e encontrados habitando nos lares. Atualmente existe alguma legislação que os protege, de alguma forma, ambos os grupos, e, ainda assim está muito aquém de ser suficiente para travar o sofrimento. Animais acorrentados, com sede e fome, com frio, sem condições mínimas para sobreviver ou presos dentro de quatro paredes, sem sequer saber o que é o cheiro do passeio.
Ressalto que, os animais não-humanos não são objetos, tão pouco brinquedos ou peluches, bem como não são propriedade de ninguém. Nós humanos, temos a graça e a felicidade em os ter por perto, e temos a possibilidade, enquanto tutores, viver em conjunto, proporcionando-lhes uma vida digna e feliz.
No entanto, assistimos e temos conhecimento dos casos diários e imparáveis de abandono, maus tratos de várias formas e graus. As autoridades de segurança, as autarquias e governos, bem como as associações, ativistas e protetores de animais continuam com imensa dificuldade em preencher as lacunas. A consciência e a sensibilidade para com estes pequenos, mas grandes seres é algo que deverá ser alcançado no coletivo.
Saindo do ambiente doméstico, passamos a todos os demais animais que não estão, de todo, protegidos ou sequer são vistos como animais sencientes e com direito a viver. Sim, os animais sencientes, como os porcos, vacas, galinhas, cabras (entre outros) têm um sistema músculo-esquelético muito semelhante ao nosso. Sentem dor, frio, fome, medo… Eles choram, gritam, saltam, falam sob várias línguas e idiomas incompreensíveis aos ouvidos e olhos da maioria de nós. Para os compreender simplesmente nos devemos aproximar genuinamente, sem invadir o espaço deles, olhar, ouvir e sentir. Certamente e facilmente conseguiremos perceber o que nos transmitem… o respeito é a chave de toda e qualquer relação.
Os animais que diariamente são abatidos, mortos, massacrados, torturados, testados e são vítimas de um uso abusivo e sem qualquer ética…. Para fins de consumo e prazer humano. Sim, puro e simplesmente para nossa utilização (aquelxs que compactuam com esta grande indústria). Como diz Peter Singer “A escravidão animal deveria ser enterrada, juntamente com a escravidão humana, no cemitério do passado. A libertação animal também é uma libertação humana”.
Poderemos olhar para os animais (não-humanos) de outra forma, com o devido respeito?

Somos o que escolhemos ser

Muitos são os que afirmam que nascemos, de certa forma, selvagens e que, à medida que crescemos, somos moldados por aquilo e aqueles que nos rodeiam. Somos a herança de um código genético que nos confere qualidades físicas, psíquicas e emocionais. Somos a adição de um núcleo familiar, de tudo o que conhecemos e daqueles que nos cruzam.

A dificuldade em compreender a dita “maldade gratuita” acompanha-me desde sempre. Reconheço em mim a dantesca incapacidade de entender todos aqueles que “só porque sim” escolhem injuriar e/ ou desonrar alguém.

A maior parte de nós, orgulhosamente, não assumida, trabalha porque precisa. Trabalha porque trabalhar é o seu sustento e o sustento dos seus. Trabalha porque a ausência de atividade laboral fá-lo sentir menos útil. Seja como for, quem trabalha, trabalha porque carece.

Desempenhar uma atividade laboral, independentemente, das suas características, implica envolver-se com outros. E não existe nada mais complexo do que lidar com pessoas. Carregadas de características próprias refletem a personalidade e a essência. Refletem os valores e as crenças.

São muitas as horas que dedicamos ao trabalho e é no mundo laboral, e não serão raros os casos, que governa a discórdia e o rancor. Impera a prepotência e a arrogância.

“Cada um por si” é a diretriz que comanda o quotidiano de muitos. Demoliram-se as paredes da boa educação, do respeito e do bom senso. Quem pensa e fala diferente deve manter-se na periferia. Pouco deve fazer-se ouvir, não vá o seu parecer causar desconforto ou despoletar a reflexão e o pensamento crítico de outros.

Uns, a título meramente gratuito, espezinham outros a fim de alimentar uma autoestima em ruínas. Procuram na “invalidação do outro” uma tentativa, claramente infértil, de um bem-estar em si próprio. À sua volta, promovem um ambiente com o peso de quem carrega o desconforto emocional.

Aos outros, impõe-se a capacidade de ser resiliente e a certeza de que somos e seremos sempre distintos, com tudo de bom e mau que isso acarreta. Feitos de defeitos e qualidades resta-nos escolher a melhor parte de nós. Ser mais leves, mais gratos, porque no final das contas, não será preciso muito para estarmos bem connosco e com os outros.

Direitos Das Crianças- Os direitos que o Covid tirou às crianças

Os direitos que o covid tirou às crianças!!

       Os direitos das crianças são: direito ao lazer, a desenvolver a sua inteligência, à saúde, à alimentação, a fazer as suas próprias descobertas, ser protegido/a, ao amor e carinho, à liberdade de expressão e ao descanso.

O coronavírus tirou alguns dos direitos das crianças como os que estão sublinhados no parágrafo de cima. Não podemos brincar todos/as juntos/as, não podemos dar abraços aos que são importantes e não podemos fazer experiências todos/as juntos/as na sala de aula. O covid-19 estragou muito as nossas vidas, pois quem me dera que pudéssemos estar de novo com as nossas famílias, brincar com os/as primos/as e com o resto das pessoas que nos fazem falta. Ufff!

Deixo aqui uma sugestão: e que tal tentarmos o menos possível que haja casos. Eu sei que muitas pessoas são responsáveis, mas eu também vou ser sincera, algumas pessoas da população não têm muitos cuidados consigo próprias. Não quero ofender ninguém, mas a irresponsabilidade dessas pessoas está a estragar a vida das crianças.

Mas, afinal de contas, nós temos que ser fortes, pois se não formos capazes de combater este vírus, as coisas podem piorar.

Texto elaborado por: Leonor Freitas (10 anos)

O Ambiente, a Causa Ambiental e… o Ser Humano

Eis uma tríade bem delicada a ser abordada, discutida e falada… e isso é necessário, é tempo de trazer à tona. Sim, nós pertencemos a essa plataforma de vida, a dita Natureza ou Ambiente, dependemos desse equilíbrio vital, e não o contrário.

A nossa arrogância é tão feroz e ousada que, continuamos a crer que somos soberanos, superiores e majestosos, que nos dá o direito errôneo de fazermos o que bem entendermos. Continuamos a maltratar o nosso planeta, poluímos, sabotamos, contaminamos, e a cada dia afundamos cada vez mais nossa casa. Até o dia que, entendamos e tenhamos a consciência que, nossa Terra está em crise profunda, iremos continuar a agir como se em perfeito equilíbrio estivéssemos. Mudanças climáticas? Poluição nos nossos oceanos? Desflorestação e degradação dos solos? Isso é tudo uma invenção mediática, extremismos dos ativistas e ambientalistas… será mesmo? As evidências e factos constantes nos apontam precisamente que, nosso planeta grita com força para termos consciência dos nossos atos. Para que sejamos responsáveis, reeducar é urgente, deixou de ser um apelo ambiental e, é no momento um grito pela vida. As gerações futuras não irão conseguir responder à altura do desafio e, quiçá, poderão não ter a chance de refazer esse percurso. Um cenário caótico? Sim, claro! As alterações climáticas não são uma mera brincadeira. A ONU há muito tempo que vem se pronunciando, e figuras/referências públicas, como o Sr.António Guterres incansavelmente vem alertando, especialistas e vários ativistas dedicadxs falam diariamente. Insistimos em crer que, a Gretha Thunberg é uma “criança mimada”, a Dra. Jane Goodall é uma mera “apreciadora dos primatas”, que o Dr. Peter Woelleben é um “fanático das árvores”, que o Peter Singer é um “maluco na ética pelos animais”. Entre tantxs e várixs especialistas na matéria que tanto nos falam, esclarecem, preferimos acreditar que é uma mera invenção. Ativistas ambientais procuram esclarecer o conflito que muitxs vêm discutindo, entre eles, que a causa ambiental está separada da causa animal. Ora bem, os animais habitam exatamente onde? Onde estamxs todxs afinal? Sejamos animais-humanos, ou não-humanos…

Especificamente falo dos animais selvagens, continuamos a destruir-lhes o habitat natural, as florestas, as árvores, os lagos, os mares… em nome de quê ou de quem? De milhares e milhões, de interesses económicos, políticos e sociais? Pois bem, devo lembrar que, ninguém consegue levar nada material ao falecer/desencarnar.

Assim sendo, dividir e separar os direitos dos animais dos direitos ambientais seria, no mínimo estranho e algo a ser mais bem refletido e repensado. Isto significa que, sensibilizar e apelar para um cuidado com as árvores, automaticamente teremos de cuidar das aves que nelas habitam. É um conjunto que trabalha lado a lado, pois a Natureza é sábia e mestre, nos lembrando sempre que, nós humanos sobrevivemos em nome dessa magnitude. A atividade antropogénica durante largos anos destruiu desastrosamente o planeta. Precisamos mudar nossos comportamentos, hábitos e posturas, sendo mais responsáveis e conscientes. Segundo a Global Carbon Protect (2017) a estimativa é que, em média, cada pessoa necessita de 22 árvores, por dia, para conseguir obter o oxigénio necessário. Sem florestas e sem árvores não podemos existir. É fundamental e urgente que entendamos, definitivamente, que não somos superiores ao Ambiente, à Causa Ambiental e… o Ser Humano, coabita neste planeta.

A Educação nos dias que corre

A educação continua a ser importante na atualidade sendo um tema cada vez mais falado e debatido.

Vivemos num Mundo onde a educação é algo fundamental para o crescimento e desenvolvimento das crianças. Existe o problema da nossa sociedade não ser inclusiva e continuar haver discriminação entre raças, género, etc. O que em pleno século XXI já não é aceitável.

Como podemos melhorar e/ou acabar com esta problemática na nossa sociedade?

Com uma educação diferente!

Sabemos que a escola é o local que tem um grande impacto na vidas das crianças, sendo importante torna-lo mais igualitário e deste modo estas começarem a compreender que não é aceitável discriminar outras pessoas em razão do seu sexo, género, raça, entras diferenças pois somos seres Humanxs.

Infelizmente trabalhar só com crianças não é suficiente, haverá também a necessidade de desconstruir estas ideias junto das pessoas adultas, mudando mentalidades para uma sociedade melhor.

Como ?

Simples.

Através de formação aos docentes e inclusão destas temáticas nas disciplinas.

Concluindo, a educação necessita de ser reformulada, tornando as pessoas mais inclusivas e ativas nas questões sociais.

Em tempos de eleições

Vivemos um momento único, delicado, singular, jamais vivido na história da humanidade… No entanto, atravessamos uma tempestade política em todo planeta.

No Norte da América, o povo estadunidense vivencia um atentado à democracia, originado por um (ex) presidente que insiste em negar a sua realidade, no caso, a derrota.

Um pouco mais a Sul, nos deparamos com outra ideologiapolítica fascista, ditada por um ser perverso, que a cada dia destrói o próprio Estado Brasileiro e vai denegrindo a Nação.

Pela Europa o cenário não é diferente, quando assistimos pelos vários ecrãs digitais inúmeros atentados aos direitos humanos, uma ameaça à vida e à liberdade. Já dizia uma das maiores filósofas políticas, Hannah Arendt “A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos”.

Ao redor do mundo, em vários pontos a democracia está neste momento em sério risco, ainda assim insistimos em ficar na negação. Preferimos não aceitar, menosprezar ou simplesmente ignorar o facto de que, cada um de nós tem e deve ter consciência cívica do seu papel, nos direitos e deveres. Numa democracia, o candidatx ou cadidatxs são escolhidxs e eleitxs através do voto. Certo? É nessemomento que posso escolher o candidato ou candidata que apresenta o programa eleitoral mais adequado. Quando decido não votar, ou votar em branco, em nada contribuo para a evolução e progressão social.

Levanto uma questão… Seriam quatro anos, tempo suficiente para conseguir aplicar todas as medidas pretendidas no programa eleitoral? Creio que é um tempo muito curto, face às adversidades e lacunas que os antecessores/as vão deixando durante suas atividades políticas.

A eleição e todo movimento político partidário gera sempre polémica, controvérsia, um desconforto e descrença, lamentavelmente. Tanto se lutou para podermos hoje ter a possibilidade em participar ativamente na democracia e fazer a diferença.

Outrora a ditadura se fez presente, e para muitos/as de nós isso é desconhecido ou é algo irreal, mas isso não retira o que já aconteceu. Neste preciso momento não estamos livres de que esse tipo de regime e sistema possa voltar, ressalto que há quem esteja a trabalhar arduamente para que isso seja aplicado na totalidade.

Aliás, voltando um pouco atrás em nossa história mundial, foi aquando da Pandemia da Gripe Espanhola, datada no ano de 1918, que Benito Mussolini e Adolf Hitler deram os seus primeiros passos, rumo à implementação de duas das maiores ditaduras vividas no mundo.

A história está disponível para todxs, basta apenas lermos e consultarmos os devidos registos e, saliento que, os tempos atuais trazem lembranças semelhantes às quais referi acima.

Está em nosso poder e decisão permitir (ou não) que voltemos a viver algo que, já sabemos o desfecho (alguns insistem em negar os factos). Ainda assim, poderemos insistir que a Terra é plana, que o Holocausto jamais aconteceu, que a Pandemia é uma invenção mediática, vivendo um negacionismo. Que decisão irei tomar? Ora bem, concluindo esta linha de raciocínio, decido em fazer uso consciente, daquilo que me é garantido como direito, isto é, votar. Escolher e decidir quem irá presidir o nosso país, liderar uma nação e um povo, a importância e o peso que isso tem. Ter a consciência própria disso, lembrando que muitos perderam suas vidas em nome da liberdade, da democracia.

Todxs nós temos uma postura política em nosso quotidiano, todxs temos uma ideologia, uma visão, apenas não temos essa consciência e/ou nos importamos com tal facto. Quando me posiciono que, não valorizo direitos iguais para todxs, automaticamente estou a anunciar a minha visão e, sim, é um ato político. Paremos com a tolice de que, política não importa quando tudo que fazemos em nossa vida é puro e simplesmente um manifesto político. A questão partidária é apenas um reflexo e um conjunto de ideais que representam a minha vertente, seja ela em que posição estiver.

Em tempos de eleições… Eu decido ser consciente, saber e reconhecer, valorizando a importância do voto para o meu planeta.